Associados Individuais

Teresa Patrício Gouveia

Associado: | Admissão: 04/05/2022 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
Cargos políticos
Deputada à Assembleia da República pelo Partido Social-Democrata (PSD), entre 1987 e 2004. Secretária de Estado da Cultura (1985-1990), Secretária de Estado do Ambiente (1991-1993), Ministra do Ambiente (1993-1995) e Ministra dos Negócios Estrangeiros (2003-2004).
Outros cargos
Presidente do Comité Diretor de Cooperação Cultural do Conselho da Europa (1985-1987) Governadora e membro do Conselho Executivo da European Cultural Foundation,Amesterdão (1990-1995); Administradora(1997-2000) e Presidente (2000 e 2003) da Fundação de Serralves.
Membro Conselho Consultivo do jornal Público (1990-1991 ) e da Universidade de Lisboa (2007-2008) ; vogal do Conselho das Ordens Honoríficas Portuguesas -Ordens Nacionais( 2002-2003 ).
Administradora da Fundação Calouste Gulbenkian( 2004-2019). Membro do Board of Trustees do European Council on Foreign Relations (ECFR) ( 2020-)

José Afonso Furtado

Associado: | Admissão: 04/05/2022 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
José Afonso Taveira Sanches Furtado nasceu em Alcobaça em 1953.
Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Entre 1975 e 2012 exerceu a sua actividade profissional na Administração Pública, designadamente em organismos da área da cultura. No desenvolvimento da carreira atingiu, por concurso, o nível de Assessor Principal, Escalão 1, em 1991. Exerceu diversas cargos, nomeadamente:
Director de Serviços de Comunicação Visual do Quadro de Pessoal Dirigente da Direcção-Geral da Acção Cultural (Novembro de 1980 – Janeiro de 1983);
Director de Serviços do Instituto Português do Livro (Janeiro de 1983 – Junho de 1985); Subdirector da Direcção-Geral da Acção Cultural (Janeiro de 1986
Fevereiro de 1987); Presidente do Instituto Português do Livro e da Leitura desde a sua criação (Fevereiro de 1987) e até Maio de 1991. Exonerado a seu pedido, com efeitos a partir de 28 de Maio de 1991; Chefe de Gabinete da Secretária de Estado Adjunta do Ministro do Ambiente e Recursos Naturais do XII Governo Constitucional (Novembro de 1991 – Julho de 1992). Em regime de licença de longa duração desde 1 de Julho de 1992.
Nomeado Director da Biblioteca Geral (posteriormente Biblioteca de Arte) da Fundação Calouste Gulbenkian em Julho de 1992. Chefe de Gabinete do Ministro da Cultura do XIII Governo Constitucional, em regime de requisição, entre Novembro de 1995 e Outubro de 1997. Director da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian (Outubro 1997 – Julho 2011). Consultor da Fundação Calouste Gulbenkian para o projecto “Leitura Digital”, iniciativa daquela entidade (Junho 2011 – Outubro de 2013).
Outras funções: integrou a Comissão (também constituída pelo Dr. Fernando Guedes, Dr. Vasco Graça Moura e Prof. Dr. Manuel Villaverde Cabral), que procedeu ao estudo dos problemas do livro português, nomeado por Despacho de Sua Exa. a Secretária de Estado da Cultura de 5 de Dezembro de 1985, de que resultou uma proposta de um conjunto de medidas a implementar (Dezembro de 1985 – Março de 1986), documento que contribuiu para a decisão governamental de criar o que viria a ser o Instituto Português do Livro e da Leitura; membro da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, representando o Ministério da Cultura (Janeiro de 1996 – Outubro 1997); membro do Conselho Directivo da Fundação Centro Cultural de Belém (Junho de 2000 – Maio de 2001); membro do Painel de Avaliação da Medida 2.2 (Conteúdos.Pt) do Programa Operacional Sociedade de Informação (Despacho do Senhor Ministro da Ciência e da Tecnologia de 27 de Julho de 2001- final de 2002); membro do Conselho Superior de Bibliotecas (de Julho 1998 até à sua extinção em 2007); membro da Comissão de Honra do Plano Nacional de Leitura (PNL2027).
Foi docente no Curso de Especialização para Técnicos Editoriais da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa (1994 – 2002) e no Curso de Pós-graduação «Edição. Livros e Novos Suportes Digitais» da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa (2005-2013).
Publicou vários artigos em revistas nacionais e estrangeiras bem como capítulos em obras colectivas (seleção): “Bibliotecas na Era Digital”, in Revista de Biblioteconomia de Brasília, Volume 22, Número 1, 1998, Brasília, Brasil, p. 3-17; “As Bibliotecas Públicas, as suas Missões e os Novos Recursos de Informação”, in Liberpolis : Revista das bibliotecas públicas, no2, 1999, p. 9- 33; “A Edição no Mundo Digital. Questões de Código e de Controlo”. IN: MARTINS, Hermínio e GARCIA, José Luís (coordenação), Dilemas da Civilização Tecnológica. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2003, pp.329-345; “Fractura digital e literacia: reequacionar as questões do acesso”, in Comunicação & Cultura, n.o 3 | primavera-verão 07, Lisboa, Universidade Católica Portuguesa, pp.97-111; “Fractura digital y alfabetización: nuevas cuestiones acerca del acceso”, Trama y Texturas, 7, 2008, pp.43-58; “O Mito da Biblioteca Universal”, Cadernos BAD, 2, 2007, pp.37-55. [publicado em Janeiro de 2009]; “Os Documentos Digitais e o ‘Paradoxo de Roger’”, Revista de Comunicação e Linguagens, no40, Outubro de 2009, pp.53-72. (publicado em Janeiro de 2010); “Hipertexto revisited”, Letras de Hoje, Porto Alegre (Brasil), v. 45, n. 2, p. 31-55, abr./jun. 2010 (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
Publicou ainda algumas monografias, editadas em Portugal, Espanha, Itália, Argentina e Brasil (seleção): Os Livros e as Leituras. Novas Ecologias da Informação. Lisboa: Livros e Leituras, 2000. O papel e o pixel. Do impresso ao digital: continuidades e transformações. Florianópolis, Brasil: Escritório do Livro, 2006. A Edição de Livros e a Gestão Estratégica. Lisboa: Booktailors – Consultores Editoriais, 2009. Uma Cultura da Informação para o Universo Digital. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2012.

José António Calixto

Associado: 1201 | Admissão: 24/02/1988 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
Bibliotecário, professor e investigador. É licenciado em História e pós-graduado em Ciências Documentais pela Universidade de Lisboa, e doutorado (PhD, Librarianship) pela Universidade de Sheffield com uma tese sobre “Os papéis educacionais das bibliotecas públicas em Portugal”. Presentemente é técnico superior na Câmara Municipal de Setúbal depois de ter sido diretor da Biblioteca Pública de Évora durante 10 anos e responsável pela Biblioteca Pública Municipal de Setúbal. Foi professor de História do Ensino Secundário em várias escolas do país e colaborou como docente na área dos Estudos de Informação na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, ISCTE, Universidade de Évora e Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É investigador do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora, e orienta atualmente algumas teses de Mestrado e de doutoramento nesta área. Os seus principais interesses de estudo e investigação centram-se nos métodos de investigação em ciências da informação e documentação, na importância social das bibliotecas e a sua relevância para a educação, gestão de coleções, pesquisa e recuperação de informação, literacia da informação, e sociedade da informação. Integrou, a convite do então ministro da cultura, o grupo de trabalho que em 1996 concebeu e produziu as bases para o lançamento da Rede de Bibliotecas Escolares. É há muito sócio da BAD, Associação Portuguesa de Bibliotecários Arquivistas e Documentalistas, cuja direção presentemente integra, sendo responsável pela área editorial e de comunicação, e nesta condição diretor do jornal Notícia BAD e editor da revista Cadernos BAD. É convidado frequente em seminários e conferências em Portugal e no estrangeiro, tendo colaboração dispersa em várias revistas especializadas e actas de congressos e encontros científicos. Publicou A Biblioteca Escolar e a Sociedade da Informação (Caminho, 1996), e, foi editor de várias obras.

Maria Teresa do Carmo Soares Calçada

Associado: 971 | Admissão: 03/03/2022 | Honorário: 03/03/2022
Nota Biográfica
Licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Comissária do Plano Nacional de Leitura 2027, desde 2017.
Técnica do Instituto Português do Livro, a partir de 1982, onde trabalhou na área do livro e da leitura.
Integrou, em 1986, o grupo de trabalho que definiu as bases da Política Nacional de Leitura Pública, visando a criação da Rede de Bibliotecas Municipais.
Vice-presidente do Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, cargo que ocupou até 1996. Nessa qualidade, foi responsável pela execução das ações desenvolvidas no âmbito da Rede da Leitura Pública.
Referência nos domínios das bibliotecas e da leitura integrou, em 1996, o grupo responsável pelo desenho do Programa Rede de Bibliotecas Escolares, que coordenou até 2013.
Assumiu funções como Comissária Adjunta do Plano Nacional de Leitura, entre 2006 e 2013.
Autora de textos, palestras, conferências e coautora de dois livros, nas áreas das bibliotecas e do livro e da leitura.
Vice-Presidente do Conselho de Curadores do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa.
Foi agraciada Comendadora da Ordem da Instrução Pública, ordem honorífica atribuída como galardão por altos serviços prestados na educação e no ensino, em 2006.

Pedro López Gómez

Associado: 643 | Admissão: 10/03/1983 | Honorário: 07/04/2010
Nota Biográfica
Catedrático de Biblioteconomía y Documentación da Universidad de A Coruña. É licenciado em Filosofía y Letras e doutorado em Geografía e Historia pela Universidad Complutense; Documentalista pela Escuela Nacional de Documentalistas (Madrid) e Técnico de Empresas Turísticas pela Escuela de Madrid; professor convidado da Bentley Historical Library, Ann Arbor (Michigan) e da Stage Technique International d’Archives (Paris); e docente colaborador e visitante de diversas universidades, asociações y fundações espanholas, portuguesas e ibero-americanas.
Pertence ao Cuerpo Facultativo de Archiveros desde 1974, e tem sido diretor do Archivo Histórico Provincial de Pontevedra, do Archivo del Reino de Galicia (A Coruña) e do Archivo de la Corona de Aragón (Barcelona). Impulsionou ações colaborativas, como a criação de Anabad Galicia, e preside atualmente à Fundación Olga Gallego. É vogal da Comisión de Valoración de Documentos Administrativos de la UDC (Universidade da Coruña).
Conta com numerosas publicações sobre arquivística e história, destacando-se El Archivo General de Centro América (Ciudad de Guatemala). Informe (1991), La Real Audiencia y el Archivo del Reino de Galicia (1996, 2 v.), José Cornide, el coruñés ilustrado (1997), La Expedición Iglesias al Amazonas (2001), El documento de archivo. Un estudio (2007), el Rapto (sic) de los luteranos que quemaron en Valladolid en … 1559 años. El manuscrito del magistral de Astorga y su contexto (2016), La investigación en el ARG en el siglo XX (2018, versiones gallega y castellana).

Maria Madalena Garcia

Associado: 324 | Admissão: 20/02/1979 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
Maria Madalena Arruda de Moura Machado Garcia (n.1948), natural da ilha de São Miguel, Açores, é uma arquivista, licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, pós-graduada com o Curso de Bibliotecário-Arquivista pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Integrou a Comissão para Reforma e Reestruturação do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (1987-1989) e a Comissão encarregada da elaboração da Lei de Bases do Património Cultural Português, nº107/2001. Foi Diretora de Serviços de Arquivística, do Instituto Português de Arquivos (1988-1992), responsável pelo Projeto da UNESCO do Guia de Fontes para a História das Nações (1988-1992)(1996-1998) e Subdiretora do Instituto dos Arquivos Nacionais /Torre do Tombo (1998-2001). Foi vice-presidente da BAD entre 1992 e 1994.
Publicou trabalhos no âmbito dos arquivos e do património arquivístico, entre os quais: Arquivo Salazar. Inventário e Índices. Lisboa: Estampa, 1992; Diários de Salazar (edição em e-book) Porto Editora, 2021; Alguns problemas dos arquivos de titulares de cargos políticos. Lisboa: BAD, 1992; Os documentos pessoais no espaço público. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998; Arquivos privados: salvaguarda e acesso. Lisboa: BN, 2004. Publicou, no mesmo âmbito, em coautoria: ARQBASE. Metodologia de Descrição para Tratamento Automatizado de Documentação Histórica. Lisboa: IPA, 1991; Dicionário de Terminologia Arquivística. Lisboa: IBL, 1993; Guia Preliminar dos Fundos de Arquivo da Biblioteca Nacional. Lisboa: IBL, 1994; Inventário do Arquivo Histórico da Biblioteca Nacional. Lisboa: IBL, 1996; Guia Geral dos Fundos da Torre do Tombo: Instituições Contemporâneas. Lisboa: IAN/TT, 2004.
Foi agraciada com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique (Diário da República, 2ª Série, nº 128, de 2 de Junho de 1993).

António José de Pina Falcão

Associado: 248 | Admissão: 12/05/1977 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
nasceu a 16 de Setembro de 1950 em Castelo Novo, concelho de Fundão. Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, concluindo a Licenciatura em História (1980-1984) e o Curso de Especialização em Ciências Documentais (1984-1986). Consciente da necessidade constante de atualização profissional, frequentou de cerca de 70 ações de formação (principalmente no domínio da Informação e Documentação – política, gestão, técnicas, tecnologias, recursos) e em diferentes congressos e conferências, com destaque para os Congressos Nacionais de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, promovidos pela BAD, e para os congressos da IFLA. Tendo iniciado a Carreira Profissional como Encarregado de Biblioteca nas Bibliotecas Municipais da Câmara Municipal de Lisboa (outubro de 1970 a outubro de 1972 e julho de 1975 a junho de 1986), regista ainda passagem nos CTT como Especialista de Documentação e Informação (julho de 1986 a dezembro de 1987), na Biblioteca Nacional como Coordenador da Área de Conversão Retrospetiva (janeiro a novembro de 1988), no Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial como Estagiário de Investigação (Área de Informação e Documentação, novembro de 1988 a outubro de 1990) e como Técnico Superior de Biblioteca e Documentação no Instituto Politécnico de Lisboa (outubro de 1990 a junho de 1992). Desde junho de 1992 que desenvolveu a atividade profissional na Presidência da República, sucessivamente como Técnico Superior e Assessor de Biblioteca e Documentação (junho de 1992 a dezembro de 2003), Chefe de Divisão de Documentação e Biblioteca (dezembro de 2003 a junho de 2010) e Diretor de Serviços de Documentação e Arquivo (julho de 2010 a 8 de março de 2021). Desenvolveu ainda Atividade Docente no Curso de Especialização em Ciências Documentais, nas disciplinas de “Catalogação” (1986-89) e “Instituições e Documentos” (1997-2007) e da Licenciatura em Estudos Europeus, na disciplina de “Bibliotecas e Arquivos Europeus” (2002-2005), da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. E colaborou ativamente como Monitor de “Catalogação”, em muitos dos cursos de técnicos profissionais (1988-1994) promovidos pela BAD. A sua bibliografia é composta por intervenções e trabalhos no domínio da Informação e Documentação, sendo 32 de natureza individual e 5 em co-autoria. Merece especial destaque o contributo para o Associativismo Profissional, tendo integrado os órgãos sociais da BAD durante oito mandatos (1990-2010), quatro dos quais como presidente, dois como vice-presidente e dois como Vogal da Formação. Integrou, durante 6 mandatos (1992 e 2010), o Comité Executivo da EBLIDA – European Bureau of Library, Information and Documentation Associations. O seu contributo à Informação e Documentação mereceu particular destaque pelos Presidentes da República com quem colaborou, tendo recebido as seguintes Condecorações Nacionais: – Ordem de Mérito, grau de Oficial, em 2006, por alvará do Presidente da República, Doutor Jorge Sampaio – Ordem do Infante Dom Henrique, grau de Comendador, em 2016, por alvará do Presidente da República Prof. Doutor Cavaco Silva – Ordem de Mérito, grau de Comendador, em 2021, por alvará do Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa

Luís Manuel Borges Cabral

Associado: 152 | Admissão: 18/07/1974 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
Luís Manuel Dias Borges Cabral nasceu no Porto em 1953. É licenciado em Filologia Românica (Porto), diplomado com o Curso de Bibliotecário- Arquivista (Coimbra), tendo obtido o grau de Master of Arts in Librarianship (Leeds). Desde 1974 prestou serviço como Bibliotecário na Câmara Municipal do Porto, tendo sido, entre 1986 e 2000, Diretor da Biblioteca Pública Municipal do Porto.
Ao longo da sua vida profissional, para além do trabalho de bibliotecário, exerceu funções de docência na FLUP e na FLUC e de formação na área de Bibliotecas, Arquivos e Documentação.
Tem investigado e publicado nas áreas da Historia das Bibliotecas, História da Cidade do Porto, património literário, História da Música, etc.
Foi colaborador regular d´O Tripeiro e de As Artes entre as Letras.

Maria do Rosário Pericão

Associado: 142 | Admissão: 03/10/1974 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
Licenciada em Geografia e habilitada com o Curso de Bibliotecário-Arquivista pela Fac. Letras da Univ. de Coimbra. Possui também o Diplôme d´Études Superieures Specialisées (DESS, 3e cycle) em Information Scientifique, Technique et Économique concedido pela Universidade de Lyon (1979/1980).
Iniciou a sua carreira profissional na Bib. Geral Univ. Coimbra, sendo depois colocada através de concurso público nacional em 1975 na Biblioteca da Fac. Economia de Coimbra, da qual foi responsável até à sua aposentação (2018).
Coordenou o Projecto de Gestão Informática das Bibliotecas da Universidade de Coimbra e ainda a Rede de Informação Bibliográfica da Região Centro entre 1989 e 1993.
Nomeada pelo Reitor da Univ. Coimbra integrou o projecto europeu TEMPUS-TACIS para a modernização da gestão da Biblioteca Universitária do Estado do Turquemenistão (2001/2006).
No exercício da sua actividade profissional apresentou diversos relatórios técnicos e comunicações em congressos das suas áreas de especialização. Tem colaboração no “Boletim da Bib. Geral Univ. Coimbra”, em blogues e publicações electrónicas.
Integrou formalmente o grupo dos “Cadernos” a partir de 1975, sendo directora dos últimos números publicados pela revista na sua fase coimbrã (1977).
Foi docente de Cursos de Especialização em Ciências Documentais na Universidade dos Açores e da Fac. Letras Univ. Porto e ainda assistente convidada do mesmo curso na Fac. Letras Univ. Coimbra (1983/1997).
Sócia da BAD desde 1974 (nº 142), foi presidente da Mesa da Assembleia Geral em 2 mandatos 1982-1984 e 1984-1985. Participou em encontros e congressos da BAD e foi monitora de cursos de técnicos auxiliares nos Açores e em Coimbra. Tem colaboração nos “Cadernos” e no livro de homenagem a Maria José Moura.
Após a sua aposentação, e dando seguimento ao seu trabalho académico “Subsídios para o estudo da deterioração, prevenção e restauro de documentos gráficos” (1973), fez formação na Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, tendo depois criado um atelier de conservação, restauro e encadernação de livros.

Henrique Manuel Barreto Nunes

Associado: 139 | Admissão: 03/10/1974 | Honorário: 07/04/2010
Nota Biográfica
Nasceu em Monção em 1947. Licenciado em História (1967/1972) e diplomado com o Curso de Bibliotecário-Arquivista (1973/1974) pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Foi técnico dos Serviços de Documentação (1974/1976) e da Unidade de Arqueologia (1977/1978) da Universidade do Minho e depois da Biblioteca Pública de Braga, integrada na mesma Universidade, de que foi responsável de 1982 a 2000, ano em que foi nomeado seu diretor. Entre 2006 e 2009 (ano em que se aposentou) assumiu também a direção do Arquivo Distrital de Braga.
Foi docente dos Cursos de Especialização em Ciências Documentais das Faculdades de Letras do Porto, Coimbra e Lisboa entre 1986 e 2003. Pertenceu ao Conselho Superior de Bibliotecas e integrou o Conselho Consultivo do Instituto Português do Livro e da Leitura / Bibliotecas, tendo colaborado no lançamento da Rede Nacional das Bibliotecas Públicas, sobretudo na Região Norte, para o qual organizou 3 edições da “Bibliografia Essencial para Bibliotecas Públicas”.
Na BAD foi dirigente em várias ocasiões e órgãos, monitor numa quinzena de ações de formação e colaborador e membro do Conselho Editorial dos “Cadernos BAD”, tendo participado em quase todos Encontros e Congressos desde 1973.
É autor dos livros “Da biblioteca ao leitor”(1996) e “Amigos maiores que o pensamento” (2010), organizou bibliografias e obras de estudos dispersos de diversos autores e coordenou a edição de 16 livros. Tem colaborado em revistas profissionais e culturais e apresentou comunicações em variadas reuniões científicas, parte delas sobre património cultural. Foi diretor das revistas “Mínia”, “Bibliomédia”, “Solta Palavra” e “Forum”. Colabora regularmente na imprensa regional e local.

Manuel Luís Sousa Real

Associado: 122 | Admissão: 18/04/1974 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto; e pós graduado com o Curso de Bibliotecário Arquivista, pela Universidade de Coimbra (1974); recebeu o Prémio da Fundação Engº António de Almeida, como aluno melhor classificado da FLUP, no ano letivo de 1973/74.
Entre 1971 e 1981 trabalhou como técnico na Biblioteca Pública Municipal do Porto. Desde então, até 2010, dirigiu o Arquivo Histórico e o Departamento Municipal de Arquivos da CMP; no desempenho destas funções, logrou obter para este serviço camarário a certificação oficial de Gestão da Qualidade e, em 2008, o Prémio Nacional de Boas Práticas na Administração Local (Categoria A).
Coordenou o projeto de estudo e valorização da Casa do Infante; foi o responsável científico da candidatura da cidade do Porto a Património Cultural da Humanidade; comissariou inúmeras exposições, por exemplo, para a visita de Sua Majestade a Rainha Isabel II de Inglaterra, para a VIII Cimeira IberoAmericana, para as comemorações centenárias do Nascimento do Infante D. Henrique, da Inauguração da Ponte Luís I, do Cerco do Porto, das Invasões Francesas, etc.
Dirigiu escavações arqueológicas no morro da Sé, as quais permitiram, pela primeira vez, avaliar cientificamente a antiguidade do povoamento do centro histórico do Porto; orientou também as pesquisas arqueológicas no Castelo da Foz, que deram a conhecer a igreja medieval da freguesia. – Faz parte de dois centros de investigação: o CITCEM (Centro de Investigação Transdisciplinar “Cultura, Espaço e Memória”, da Universidade do Porto); e o IEM (Instituto de Estudos Medievais, da Universidade Nova de Lisboa). É autor de várias dezenas de estudos sobre: Temas Portuenses; Biblioteconomia e Arquivística; Arte e Arqueologia Medievais; Povoamento do Território na Alta Idade Média. Atualmente dirige um projeto científico, aprovado pelo Ministério da Cultura, sobre a antiga Terra de Lafões.

Fernanda Maria Guedes de Campos

Associado: 76 | Admissão: 21/03/1974 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
Licenciatura em História (FLUL). Pós-graduação pelo Estágio de Preparação Técnica de Bibliotecários Arquivistas e Documentalistas. Doutorada em História Moderna (NOVA FCSH) com a tese “Bibliotecas de História: aspectos da posse e uso dos livros em instituições religiosas de Lisboa nos finais do século XVIII” (2013).
Foi Subdiretora da Biblioteca Nacional (1992-2006). Integrou e coordenou organizações internacionais como o CERL- Consortium of European Research Libraries e a ECPA-European Commission on Preservation and Access. Na IFLA-International Federation of Library Associations, foi membro do Cataloguing Committee, presidiu ao UNIMARC Committee e ao National Libraries Committee. Foi Presidente da CT7- Comissão Técnica Nacional de Normalização para a Documentação e Informação. Na BAD participou com comunicação em congressos e conferências, lecionou vários cursos profissionais, fez parte do júri do Prémio Raul Proença e integrou a Comissão Técnica. Lecionou também nos Mestrados de Ciências Documentais da Universidade de Lisboa e da Universidade Autónoma de Lisboa e no Mestrado em Informação e Bibliotecas Digitais do ISCTE-Instituto Superior de Ciências do Trabalho e Empresas. Foi membro do Ponto Focal Nacional para o Plano de Acção para as Bibliotecas (CEDG XIII).
Na atualidade, as suas áreas de interesse e investigação são a História do Livro, da Leitura e das Bibliotecas no Antigo Regime, especialmente bibliotecas religiosas e a História das Ordens e Instituições Religiosas em Portugal. É Investigadora integrada do Centro de Humanidades-CHAM NOVA FCSH. Investigadora associada do Centro de Estudos de História Religiosa-CEHR, da Universidade Católica Portuguesa e investigadora do Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão. Participa regularmente em conferências e colóquios e tem numerosos artigos em publicações nacionais e estrangeiras, destacando-se no âmbito biblioteconómico os artigos nos Cadernos BAD, no IFLA Journal, no International Cataloguing and Bibliographic Control e no UBCIM Publications. No âmbito da investigação histórica, colabora com regularidade nas revistas Lusitania Sacra do CEHR-Universidade Católica Portuguesa, Mátria e Mátria Digital do Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão. Para além das diversas comunicações publicadas em atas de conferências, publicou os livros Para se achar facilmente o que se busca: bibliotecas, catálogos e leitores no ambiente religioso (séc. XVIII), em 2015 e A ordem das Ordens religiosas: roteiro identitário de Portugal (séculos XII-XVIII) em 2017.

Maria Luisa Cabral

Associado: 28 | Admissão: 21/03/1974 | Honorário: 04/05/2023
Nota Biográfica
Maria Luísa Rosendo Cabral nasceu em Lisboa a 9 de Dezembro de 1946.
1970 Bacharelato em História, Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
1973 Diplomada pelo Estágio de Preparação Técnica de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, Direcção-Geral dos Assuntos Culturais do Ministério da Educação Nacional.
1974 Licenciatura em História, Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
1983 Master of Arts (MA) in Librarianship, Leeds Polytechnic School of Librarianship (UK).
2009 Mestrado em Património, FCSH/UNL.
2013 Doutoramento em História Moderna, FCSH/UNL.
1978 e 2011 Estágios na FAO (Roma), na Marine Biological Association (Plymouth, UK) e realizou inúmeras visitas de estudo aos Estados Unidos, ao Reino Unido, à Alemanha, França, Holanda, Dinamarca, Noruega. Participou em dezenas de acções de formação.
Entre Outubro 1971 e Julho 1975 trabalhou no Serviço para Cegos da Biblioteca Nacional, na Biblioteca do Centro Cultural Americano, no Arquivo Histórico do Ministério dos Negócios Estrangeiros, na Biblioteca e Centro de Documentação da JNICT e na Biblioteca do Instituto de Alta Cultura.
Entre Agosto 1975 e Abril 1985 organizou e geriu a Biblioteca do Instituto Nacional de Investigação das Pescas. Entre Abril e Julho 1985 esteve no Instituto António Sérgio para o Sector Cooperativo.
De Agosto 1985 à aposentação, em Julho 2011, desempenhou funções na Biblioteca Nacional de Portugal onde ingressou com a incumbência de lançar o Projecto de Informatização da BN. É nomeada Sub-Directora da Biblioteca Nacional em Janeiro 1986, funções de que se demite em Julho 1991.
Até Março 1996 não desempenhou nenhuma actividade na BN/IBL a não ser a tradução integral do sistema informático GEAC a instalar na Rede de Leitura Pública.
A partir de Abril 1996 retoma a actividade normal, é nomeada Directora de Serviços de Aquisições, Processamento Bibliográfico e Conservação. Durante este período, lançou o Programa de Preservação e Conservação.
Em Abril 2007, a pedido, cessa funções ficando como assessora da Direcção até à aposentação em Julho 2011.
Deste percurso profissional destaca a organização da Biblioteca no Instituto Nacional de Investigação das Pescas (1975-1985); 2. o Projecto de Informatização da Biblioteca Nacional (1985-1991) em simultâneo com a direcção técnica da instituição. Responsável pelo Programa de Conversão Retrospectiva e pela criação da Base Nacional de Dados Bibliográficos, PORBASE. A adopção do formato UNIMARC para catalogação (1986), o encerramento do catálogo manual (1989) e o Projecto de Conversão Retrospectiva do Catálogo (1988) são três medidas fundamentais cuja iniciativa e orientação foram da sua responsabilidade; 3. o Plano de Preservação e Conservação da Biblioteca Nacional (1997-2007) com a criação de infra estruturas e a execução de projectos de interesse nacional como a Microfilmagem de Jornais Portugueses do séc. 19, a Encadernação ou o Programa de Conservação Preventiva e a Formação de técnicos de C&R, entre outros.
Entre 1975 e 2011 desenvolveu actividade docente tanto nos Cursos de Preparação de Técnicos Auxiliares de Bibliotecas e Serviços de Documentação da BAD (1975-1997) como nos Cursos de Especialização em Ciências Documentais, Fac. Letras Lisboa, Porto, Évora (1984-2007) ou na FCSH (2005-2011).
Publicou largas dezenas de artigos, comunicações e relatórios editados em Portugal e no estrangeiro, coordenou e foi editora científica de mais de duas dezenas de títulos (1979-2016). Como autora, publicou os seguintes títulos:
Bibliotecas, acesso, sempre. 1996.
Amanhã é sempre longe demais: crónicas de P&C. 2002.
Até Roma: uma viagem com devoção, longa e árdua: diário de Frei Joaquim de S. José em 1750. 2011.
A Real Biblioteca e os seus criadores em Lisboa, 1755-1803. 2014.
Fundou, dirigiu e colaborou em várias revistas, nacionais e estrangeiras destacando os CADERNOS BAD (Directora, 1990-1995), BOLETIM PORBASE (1988-1991), LIBER QUARTERLY (Editorial Board 1989-1994, 2000-2003), REVISTA DA BIBLIOTECA NACIONAL (Conselho Editorial 1988-1991) e as PÁGINAS a&b, fundadora e proprietária (Directora 1997-2007, Conselho Editorial desde 2007).
Integrou grupos de trabalho: Formação, BAD (1984-1986), Preservação e Conservação, BAD (1992-2000), Retrospective Conversion (DGXIII, 1986), CD ROM (DGXIII, 1988). Na LIBER, Secretária Executiva (1988-2004), Membro da Divisão de Preservação (1994-1997) e Chair (1999-2003). Na IFLA, Secretária da Section On National Libraries e da Division of Special Libraries (1988-1991), Membro da Section on Conservation (1995-2004) e da Section on Newspapers (2005–2007).

Maria José Moura

Associado: 12 | Admissão: 21/02/1974 | Honorário: 28/06/2004
Nota Biográfica
Maria José Sabino Moura nasceu a 13 de março de 1937, na cidade de Évora. Licenciada em Ciências Históricas e Filosóficas, fez o Curso de Bibliotecário Arquivista, na Universidade de Coimbra.
Em 1968 ingressou como bibliotecária na Universidade de Lisboa e assumiu o cargo de diretora do Serviço de Documentação e Publicações da Universidade de Lisboa entre 1978 e 1987. Nos aos de 1969 a 1974 foi membro da Comissão das Bibliotecas Universitárias integrado no Gabinete do Ministro da Educação. De 1987 a 1990 foi diretora do Serviço de Leitura Pública do Instituto Português do Livro e da Leitura tendo elaborado e dirigido o Programa da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas até 2006. O trabalho que desenvolveu com o projeto da rede de leitura pública valeu-lhe o Prémio Internacional do Livro, por proposta da IFLA. No final dos anos 80, Maria José Moura torna-se Coordenadora Geral do Projeto do Inventário do Património Cultural Móvel, o qual abrangia material de Biblioteca, Arquivo ou Museu.
Dirigiu os Cadernos de Biblioteconomia, Arquivística e Documentação, entre 1982 e 1986, tendo colaborado em diversas publicações científicas e técnicas tanto nacionais como estrangeiras. Foi docente no Curso de Especialização em Ciências Documentais das Universidades de Lisboa (desde 1983) e Coimbra (1983-89) e em Cursos de Técnicos Profissionais da BAD. Em 1987 no âmbito do Programa Mobilizador de Ciência e Tecnologia, foi a investigadora Principal de um projeto proposto e executado pela APBAD denominado “Estudo Comparativo da Situação das Estruturas e das Políticas de Informação em Portugal e nos outros Países da CEE”. Nos anos de 1990-91 desempenhou as funções de adjunta da Secretária de Estado da Cultura.
A criação da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, da qual Maria José Moura foi umas das Fundadoras e Presidente do Conselho Diretivo Nacional (1982-86) e Presidente da Assembleia Geral (1986-90), constituiu um marco importante na sua luta pela dignificação da profissão. Em simultâneo foi Delegada Nacional do Programa Geral de Informação da UNESCO, Vice‐Presidente do Conselho Superior de Bibliotecas, responsável pelo National Focal Point – Telematic for Libraries e membro do Information Society Forum (Bruxelas). Em 1994 foi-lhe concedida uma bolsa Fulbright integrada no American Cultural Council Fellowship Program, como especialista na área de Biblioteca, cujo projeto visava visitar bibliotecas públicas americanas.
Em 1998, é-lhe atribuída, pelo Presidente Mário Soares a condecoração da Ordem do Mérito, pelo reconhecimento do seu papel no desenvolvimento cultural e social do país.
Sempre ativa na comunidade, Maria José Moura presidiu e integrou a comissão organizadora de diversas conferências nacionais e internacionais do sector e foi convidada a apresentar comunicações em muitas outras. Foi convidada a integrar o Conselho Nacional da Cultura – Secção do Livro e das Bibliotecas, fez parte da Comissão de Honra do Plano Nacional de Leitura e pertenceu aos Comités Permanentes da IFLA Public Libraries e Library Buildings and Equipment.
Faleceu aos 81 anos no dia 2 de novembro de 2018.

António Neves Correia de Sá Portocarrero

Associado: 02 | Admissão: 21/02/1974 | Honorário: 30/03/1989
Nota Biográfica
(Brevemente disponível)

Jorge Aldarberto Ferreira Peixoto

Associado: 01 | Admissão: 21/02/1974 | Honorário: 30/03/1989
Nota Biográfica
Nasceu em Tortosendo no dia 23 de Abril de 1920. Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Univ. de Coimbra, aí se diplomou com o Curso de Bibliotecário-Arquivista (CBA), tendo passado a exercer as funções de bibliotecário na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra em 1954. Rapidamente ganhou notoriedade pelos seus conhecimentos e competência profissional, passando a dirigir a Secção de Catalogação e Classificação daquelabiblioteca. Pelas mesmas razões foi encarregado da regência da cadeira de Bibliologia e Biblioteconomia do referido CBA em 1961, sendo equiparado a professor auxiliar em 1973. Em 1975/76 foi professor visitante da Univ. S. Paulo (Brasil).

Fez parte do grupo de bibliotecários-arquivistas de Coimbra que em 1963 criou os CADERNOS BAD, nos quais naturalmente colaborou, sendo o autor de grande parte dos editoriais até 1975. Foi secretário geral do I (1965) e IV (1973) Encontros dos BAD, integrando ainda a comissão organizadora do V (1975). Pertence ao núcleo dos fundadores da BAD em 1973, sendo o seu sócio nº 1 e o primeiro presidente da mesa da Assembleia Geral.
 
É autor de apreciável bibliografia sobre biblioteconomia e história do livro nos seus mais diverso aspectos, sendo de destacar “Técnica bibliográfica” (Coimbra: Atlântida, 1961), o prefácio e notas referentes a Portugal de “O livro: impressão fabrico” de Douglas C. McMurtrie (Lisboa: Gulbenkian, 1969) e a publicação de 75 artigos em revistas da especialidade, culturais e em jornais, de que merecia se fizesse uma selecção e se reunissem em livro. Colaborou também na “Enciclopédia Verbo”, sendo autor de 26 entradas. Foi ainda e sempre um denodado defensor dos profissionais de BAD, quer no diz respeito ao seu reconhecimento, formação e valorização profissional, quer na luta pelos interesses da classe. Faleceu em 1977, com 57 anos de idade, vítima de doença que não perdoa, mas também amargurado por uma calúnia vergonhosa, que, felizmente de imediato foi sanada pelos tribunais. O “Boletim da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra” o seu vol. 34 (1978/79) em 3 tomos. A sua bio-bibliografia está publicada em “Cadernos Bibl. Arq. Doc.”, Coimbra, 13(1) Jan-Jun 1977, p. 6-23, onde se pode apreciar a real dimensão da sua actividade e obra. Foi o mestre incontestado de uma ampla geração de bibliotecários, entre os quais me incluo, que hoje recordam com emoção e saudade a sua competência, a sua paixão pela profissão e pelo livro e as suas qualidades humanas.
 

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